domingo, 18 de setembro de 2011

A POESIA DE ALBERTO CAEIRO

"Da minha aldeia
vejo o quanto da terra se pode ver o universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura..."
(Alberto Caeiro)

"Não basta abrir a janela para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
(Alberto Caeiro)