domingo, 24 de abril de 2011

MARIELA EM URUBICÍ pela primeira vez

Fabian viajou pra São Paulo a trabalho.
Mariela recebeu um convite de seu irmão para participar de uma festa de família em Urubicí.
Esta festa acontece sempre no dia primeiro de Maio.
Mariela resolveu subir a serra.
Comprou uma passagem de ônibus, sentou bem na frente para apreciar a paisagem da serra Catarinense.
Duas horas depois já estava se aproximando da cidade de Urubicí, distante apenas 170 quilômetros de Florianópolis.
Chovia muito e a neblina a impedia de ver a paisagem.
De qualquer maneira, era mata verde o que a esperava!
Pensou Mariela.
E o frio aumentava juntamente com as curvas do asfalto.
Mariela pensou:
- Assim que chegar na cidade, tomarei um táxi até o hotel.
Ao se aproximar da cidade Mariela pediu ao cobrador do ônibus onde poderia encontrar um táxi e o mesmo lhe respondeu prontamente:
_ A senhora não precisará de táxi pois passaremos na frente do hotel.
O ônibus parou exatamente em frente ao hotel.(Do outro lado da rua).
Mariela viajava pesado! muuuitas malas na cabeça para se proteger da chuva!
Uma névoa fina cobria toda a cidade e não se avistava nada!
Toda a cidade parecia uma única rua.
_Como vim parar aqui? meu Deus!
Pensou Mariela adentrando no hotel, quando um funcionário a recebe prontamente!
-_Dona Mariela, seja benvinda!
Mariela pensou e questionou imeditamente!
_Como você sabe quem sou eu?
E o funcionário lhe respondeu:
A senhora é a única pessoa que veio desacompanhada!
Mariela achou um pouco engraçado! seus sentimentos eram uma mistura de humor e solidão.
Carregando tantas malas num lugar que parecia o fim do mundo!
Fez o check in e seguiu para o apartamento para tomar um banho e trocar de roupa.
Desceu em seguida para tomar um chocolate quente.
Naquela época o hotel ainda não tinha restaurante e servia somente café da manhã.
Mas foi informada de uma padaria nas proximidades.
Os familiares dela só chegariam no dia seguinte.
O sr Jairo, gerente do hotel a informou prontamente da padaria onde Mariela foi tomar um delicioso chocolate quente!
E aproveitou a caminhada até a padaria Pani Kock para desfrutar do aroma de lenha
seca queimando nas lareiras das residencias ao longo da avenida principal.
Ao chegar na padaria, quase todas as mesas estavam ocupadas por casais ou familias inteiras.
Mariela sentou-se num canto voltando à sua realidde!
Absolutamente sózinha naquele fim de mundo gelado.
Voltou ao hotel e se dirigiu para a recepção quando viu um grupo de seis estrangeiros entrando no hotel.
Pensou que fossem americanos, mas era um grupo de turistas franceses que vieram para fazer caminhadas, esportes radicais e conhecer as belezas da serra de Santa Catarina!
Mariela se impressionou e subiu o elevador com alguns turistas com quem trocou algumas palavras! e pensou imediatamente!
-Este lugar deve ter algo de bom para franceses estarem por aqui!
Ao chegar no apartamento lembrou que não sabia o que fazer para sair pra jantar! nem sabia se havia algum restaurante próximo.
Na cidde não havia táxi naquele horário. ( E provávelmente em nenhum outro).
Desceu novamente até a recepção e perguntou ao Sr Jairo:
-Você sabe de algum restaurante próximo ao hotel?
-Sim dona Mariela! que tipo de comida a senhora prefere? Temos pizzaria,restaurante, lanchonete e tem também...
-Pra mim pode ser um sopinha, sendo algo quente!
-Ah! já sei.Respondeu o sr Jairo.
-Tem um bistrô que a senhora vai gostar!
E enquanto falava, discou imediatamente para um número, falou com um tal de Fernando explicando: -Temos aqui no hotel um senhora com dificuldade de locomoção e no meio da ligação perguntou para Mariela:
-A que horas a senhora quer ir?
Mariela tentou pensar em não ir, mas respondeu de imediato: às 20:30 hrs.
-Okey, confirmado senhor Fernando! às 20 horas e trinta minutos a senhora Mariela estará lhe aguardando
Mariela retornou ao apartamento e pensou:
-Tem um grupo de franceses aqui e também tem bistrô! que incrível este Urubicí!
Tentou descansar um pouco mas em seguida já era de descer pro jantar!
Será que alguém realmente a viria buscar?
Prontamente às 20:30 hrs o sr Fernando a esperava dentro de um carro.
Coberto até o nariz num sobretudo preto.
Fazia muito frio!!! e uma névoa fina cobria toda a cidade!
o cheiro de lenha e das lareiras exalava um perfume sem igual!
Só dava para ver o nariz do homem.
Poucas palavras, a conduziu ao tal bistrô.
Deixou Mariela em frente a porta de entrada de um lindo chalé de madeira!
Onde Mariela foi recebida por uma gentil senhora que a conduziu para uma mesa num canto, ao lado da lareira!
O cheiro de lenha, luz de velas e românticos casais ocupavam o aconchegante ambiente!
As paredes e as mesas eram cobertas por pach work feitos especialmente pela proprietária. Verdadeiras obras de arte!
Era tudo muito lindo!
Que lugar maravilhoso!
Mariela iria tomar apenas uma sopa, mas achou conveniente escolher outro prato.
Imediatamente pensou em Fabian e falou para a garçonete.
Se meu namorado estivesse aqui pediria uma muqueca!
-Mas não vou beber vinho! gosto de cerveja!
E pediu uma Malzbier!!!
O delicioso prato de muqueca chegou num aroma inconfundível.
Muqueca de trutas!!!
Só conhecia muqueca de frutos do mar e truta era peixe de rio.
E estava realmente divina!
Terminda a deliciosa refeição, surgiu de dentro do ambiente, o senhor Jairo que lhe perguntou:
E então, como estava sua refeição?
Mariela surpresa respondeu:
-Foi você quem fez este prato?
-Sim! respondeu o sr. Fernando,e quando quiser a levarei de volta ao hotel.
Nossa! pensou Mariela vc foi me buscar e também cozinha! e muito bem!
Mariela agradeceu muito ao casal de proprietários e foi conduzida ao hotel.
No dia seguinte, no café da manhã os sobrinhos e parentes de Mariela chegavam para o evento anual de primeiro de maio!
Foram mais dois dias de passeios e festividades!
Muito boa comida!
O passeio ao morro da igreja, ponto mais alto do estado de Santa Catarina, foi surpreendente!
Os cânions e a pedra furada são um verdadeiro pedaço de paraíso!
E Urubicí ainda tem muito para mostrar.
Através da Mariela!
Claro!

martina knoll
25/04/2011

ESCREVER

Escrever é relembrar.
Do que nunca se viu.
É mostrar a face oculta
Do que nunca existiu.
É criar coragem
De se reconhecer
No emaranhado templo das letras, sílabas...
Monólogos
Poemas
Óbvios!
É repetir o que sempre existiu.
E estar pronto pra ouvir
O cantar ou choro da vida
Quando lhe sorri.

martina knoll
24/04/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

DO QUE MAIS GOSTO DA NOITE

Do que mais gosto da noite, é da própria noite!
Não do obscuro, própriamente,
Mas da luz que reflete na paisagem escura
Sobressaindo e mostrando, contornos...
Só o que se quer rever.
Gosto do silêncio.
Acho que há respeito no silêncio.
Gosto de uma certa solidão que respeita a criação!
Vejo poesia no silêncio e no brilho do mar.
Vejo poesia no brilho das estrelas!
Vejo o universo ampliando sentimentos e amores refletindo
No silêncioso e escuro compartimento de seus cômodos
A luz
Do amar!


MARTINA KNOLL
13/04/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

OUTONO EM FLORIPA!

Os três meses que antecedem o inverno, são para mim

OUTONO EM FLORIPA!

Os três meses que antecedem o inverno, são para mim, os mais lindos do ano.
Floripa se reveste de um tom cinza metálico, brilhante!
Uma amiga querida (Márcia)me chamou a atenção para os tons cinza de Floripa!
Numa viagem ao Chile percebí que os tons de azul do oceano pacífico, são de um azul muito profundo.
No outono os pássaros voam calmamente preparando seus ninhos.
É como se a natureza lhes dissesse:
- Armazenem energia para o inverno e meditem com o coração.
Acho que filósofos, poetas e pensadores tornam-se mais criativos nesta época.
Preparar-se para a introspecção é o caminho para buscas mais conscientes!
Eu fico muito feliz em compactuar com esta poderosa energia!
Me sinto mais autêntica.
A autenticidade nos leva a ampliar a consciência.
E a realidade, mesmo que, muitas vezes não compactue com desejos projetados, nos ajuda a amadurecer.
Crescer espiritualmente!
Uma de nossas tarefas mais importantes aqui na terra.
Nosso planeta está em ebulição.
Desacertos, guerras e muitos medos estão aflorando constantemente.
E nos surpreendemos a cada dia com mais e mais tempestades!
Sejamos fortes, e não esqueçamos de olhar para a natureza e agradecer.
Talvez seja essa a maneira de respeitarmos nosso planeta e a nós mesmos!


MARTINA KNOLL
08/04/2011