Na chegada do outono, com o frescor dos mares vem sempre pouco de poesia pra recordar.
Você é o cais de um porto
Onde muitos barcos aportam.
E eu sou um barco lento...
Que a brisa leve
Transporta...
E aporta suavemente...
Nesse porto.
(mk) 1995
Atend! Espera!
Os barcos sabem sempre aonde querem chegar.
Cada margem é um porto de aconchego ou de surpresas..
A nos esperar.
(mk). 2017
Bon Voyage!
As melhores viagens
são sempre as mais solitárias
Onde não corremos risco algum de nos perdermos
Porque sabemos...
Temos que ser fortes e vigilantes.
Também para que te sintas acompanhado
das tuas melhores lembranças
Frutos de teu passado glorioso!.
VIAGENS DE MARTINA
quarta-feira, 19 de abril de 2017
SENSIBILIDADE
quarta-feira, 12 de abril de 2017
A MENINA E O MAR
Tenho coisas importantes pra falar sobre a tua imagem: - Uma boa, e outra péssima notícia: A ruim primeiro porque um bom veneno se destila a conta gotas ! - Nós, (ambos) no conjunto da obra da nossa geração atlética, telúrica, colérica e nativa ..: estamos ficando literalmente... velhos! .
Quem foi bonito pra caralho sabe muito bem o que é acordar um dia e ver que sua vida já teve passado e isso ha meio século! Agora então a boa! Você tem todo o apoio do universo machista que te acolhe e é quem dita as regras. Tem a chave da juventude tatuada nas veias. No olhar de predador e no sorriso de menino que percebo: - nunca vai te deixar. A menos que você o abandone no meio do oceano. Quanto a mim, a minha criança me testa todos os dias. Mas tenho ainda sonhos, e os vivencio a cores nos meus escritos. Acordo, adormeço e me banho no oceano das letras . Que me proporcionam viagens para além dos mares. Meus escritos me devolvem sempre e ainda um pouco da menina de pernas longas, cabelos dourados, de corpo firme, tatuado e suado , com cheiro de maresia.
Tenho coisas importantes pra falar sobre a tua imagem: - Uma boa, e outra péssima notícia: A ruim primeiro porque um bom veneno se destila a conta gotas ! - Nós, (ambos) no conjunto da obra da nossa geração atlética, telúrica, colérica e nativa ..: estamos ficando literalmente... velhos! .
Quem foi bonito pra caralho sabe muito bem o que é acordar um dia e ver que sua vida já teve passado e isso ha meio século! Agora então a boa! Você tem todo o apoio do universo machista que te acolhe e é quem dita as regras. Tem a chave da juventude tatuada nas veias. No olhar de predador e no sorriso de menino que percebo: - nunca vai te deixar. A menos que você o abandone no meio do oceano. Quanto a mim, a minha criança me testa todos os dias. Mas tenho ainda sonhos, e os vivencio a cores nos meus escritos. Acordo, adormeço e me banho no oceano das letras . Que me proporcionam viagens para além dos mares. Meus escritos me devolvem sempre e ainda um pouco da menina de pernas longas, cabelos dourados, de corpo firme, tatuado e suado , com cheiro de maresia.
domingo, 15 de janeiro de 2017
Ensaio sobre um verão. Nenhum outro mais.
-Vou precisar do teu abraço com certeza Fabian!
A ventania toma conta da praia.
- Olha que vem tempestade aí Mariela! - Vamos correr!
- Me arrastas a procura de um abrigo. Me puxando com toda a tua força na pressa de me proteger.
- Nós, os jovens sempre temos pressa de chegar a lugar algum....
-Mas ..." A juventude sempre tem razão". Seguimos...
A praia estava ficando deserta.
Parecia que o mundo estava desabando entre relâmpagos e trovões.
Procuramos abrigo próximo a algumas construções.
Encontramos um vão de menos de meio metro com beirado estreito na porta de uma garagem pintada de verde.
Só cabia uma pessoa ali, mas tínhamos que dividir o espaço.
Nossos braços estavam ocupados com abraços.
As ruas se transformando em riachos. O dia virando noite e nós juntinhos, imobilizados. Provavelmente sorrindo feito adolescentes, ...sentindo o cheiro de mar e dos pingos de chuva que escorria nos nossos cabelos. Éramos um protegendo o outro, tremendo de medo ou de frio, ... o dia virando noite, um cheiro delicioso de sal e areia inundando aquela praia toda.
As luzes poderiam se apagar, o mar secar.
As estrelas todas enfileiradas, desciam dos céus, tatuando a pele bronzeada das nossas faces.
A ventania toma conta da praia.
- Olha que vem tempestade aí Mariela! - Vamos correr!
- Me arrastas a procura de um abrigo. Me puxando com toda a tua força na pressa de me proteger.
- Nós, os jovens sempre temos pressa de chegar a lugar algum....
-Mas ..." A juventude sempre tem razão". Seguimos...
A praia estava ficando deserta.
Parecia que o mundo estava desabando entre relâmpagos e trovões.
Procuramos abrigo próximo a algumas construções.
Encontramos um vão de menos de meio metro com beirado estreito na porta de uma garagem pintada de verde.
Só cabia uma pessoa ali, mas tínhamos que dividir o espaço.
Nossos braços estavam ocupados com abraços.
As ruas se transformando em riachos. O dia virando noite e nós juntinhos, imobilizados. Provavelmente sorrindo feito adolescentes, ...sentindo o cheiro de mar e dos pingos de chuva que escorria nos nossos cabelos. Éramos um protegendo o outro, tremendo de medo ou de frio, ... o dia virando noite, um cheiro delicioso de sal e areia inundando aquela praia toda.
As luzes poderiam se apagar, o mar secar.
As estrelas todas enfileiradas, desciam dos céus, tatuando a pele bronzeada das nossas faces.
Não sei em que tempo paramos. Não sei ao certo, aonde, ou se isso realmente aconteceu de verdade. Apenas encontrei em algumas gavetas da alma, vestígios e sinais de pequenas tatuagens...como se fossem beijos querendo virar estrelas!.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Quem és tu!
Quem és tu!
Tu te tornaste um bruxo cigano panteísta.
Eu, uma flor camuflada tipo erva daninha que se arrasta pra proteger a terra do sol escaldante. Me deixando assim, arder ao sol do meio dia. Me entregando a morte com medo da chegada do inverno.
É preciso arder ás vezes para renascer em terreno fértil. Ser o nosso próprio adubo é vivenciar a nossa dor. Dor essa que poderia ser minha ou tua. Se não ardes, muitos se queimam. Se digladiam, se perdem.
Não se foge do tempo por toda a eternidade. Um dia ele virá para o acerto.Como tão bem colocaste. Eu me perdoo, e é perdoando assim consequentemente... que espero conseguir um dia o perdão da tua natureza.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
PARAR -
PARAR -O QUE SIGNIFICA!
Quando as pessoas me perguntam por que parei de pintar nunca consigo uma resposta que me satisfaça internamente. Acho que um dia a gente acorda e simplesmente muda de rumo sem perceber. Mas tenho a única certeza de que o tempo que passei com pincéis e tintas, viagens de estudo, visitas a museus, são um exercício contínuo de aprendizagem... (acho que aqui consegui colocar a palavra certa), ... enfim... eu sabia que estava pintando para escrever. Isso nunca esqueço. Escrevia mesmo antes de aprender a ler. Tenho verdadeiro fascínio pelas letras. Mesmo sabendo o quanto elas nos traem. As palavras não devem sair das bocas, mas sim, do corpo inteiro. Logo, eu escrevo quase todo o tempo possível ou quando a inspiração acontece. São dezenas de agendas, cadernos, guardanapos, cartões...rabiscados de idéias, pensamentos, emoções! parar... nunca parei .. sempre farei o impossível para compreender as vidas que não temos.
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